24 novembro 2015

LIBRIANIDADE

Por baixo dessa pele, existe uma tristeza que é infinita
com olhos de melancolia 
uma alma cansada de fingir
sobre o quanto tudo deveria ser melhor
nada basta
nada é bom
nada me acalma
um abraço agora seria bom
pra respirar fundo 
e procurar ar pra continuar vivendo
mesmo nesse abismo de medo e solitude
mesmo que amanhã seja pior
a gente finge que vai ser melhor

03 novembro 2015

DESAGUAR

De pé em pé
de mão em laço
tô bem de abraço
mas feito zé

sou sã de fato, mas as loucuras da vida me desabam
alguns dias mais fáceis que outros

outros dias desaguo em mar
Vou me deixando levar pra um dia qualquer me encontrar

17 setembro 2015

TÃO

Tô de casa nova
Me mudei pr'onde me faz feliz
Pr'onde me querem bem
E me querem
E só de estar aqui já me sinto bem
E só de te ver sorrir
Já sorrio também
Se quiser lugar, sabe que aqui sempre tem

Tem luz
Tem mar de vontade
E esse quarto de chuva que me acalma toda a alma de uma vez só
Não é preciso pestanejar
Só ser e migrar pra cá 
E onde até minha loucura lhe parece sensata
e o vão de cumplicidade é o que gera mais vontade
Tô mais pra sol que pra mar
Tudo agora parece me aquietar a ansiedade, o som é de calmaria

08 agosto 2015

PELE EM FLOR

Tenho tanto pra contar que mal cabe nos meus dedos
me agito com a ansiedade
tô bem a beça, mas hora ou outra fico mal

ter a pele em flor
estar à flor da pele
coisa difícil de conter

que fazer quando se é o mundo todo e o mundo todo não é seu?

sorrio de canto
procurando acalmar minhas bochechas avermelhadas
o lago dos meus olhos diz mais do que eu
e eu não sei bem o que é
mas é bom de sentir
e de estar
acho que tô em mar


02 julho 2015

POST 1

Faz mais de um mês que essa rotina louca me pegou
sair do casulo, procurar canto, ficar exposta ao mundo
Tô nua
nua de gente
de carinho
de vontade
Tô num escape entre chãos
por onde eu vou não parece ter mão

tô só
o subjetivo se foi e só ficou o nu
acho que gosto do nu
queria era chuva pra preencher esse vazio de tudo

23 junho 2015

NÃO SER

não quero sentir
quero estar e não ser
ser me deixa à flor da pele
pronta a cair em mim

tô fora de mim
ar nenhum me basta
tomo fôlego
recomeço
(Não quero cair de novo)
conto rachaduras e falhas na parede

De novo nesse barco vazio e úmido
de se emaranhar
É a balança que me faz estar

O mundo se fecha enquanto me abro

31 maio 2015

VAZIO

Paredes por todos os lados
coberta, com os olhos pesados demais pra se esforçar
Eu tô aqui
Mil idéias invadem essa cabeça oca
Mais desejos e vontades que fazido de fato
Ansiedade e quietude
Um céu cheio de azul e calma com berrantes gaivotas
Tenta lidar
Eu tô aqui
E também tô lá, e mais onde precisar estar
Me camuflo, reflito, me encaixo nessa selva de máscara
sobra espaço vazio
falta amor